Plano industrial Europeu, focado em quatro pilares, dará suporte às ações de neutralidade climática. O Continente Europeu entendeu que o Hidrogênio Verde deve ser o Pilar do seu Plano Industrial.
A Comissão Europeia anunciou no último dia 01 de fevereiro, o lançamento do ambicioso Plano Industrial Green Deal e recomendou uma consulta aos Estados Membros da comunidade a revisarem seus planos de auxílios governamentais para Tecnologias Verdes, especialmente aquelas com alto impacto nos planos de neutralidade climática. Desta forma, o Hidrogênio Verde será o pilar fundamental desta ação.
Setores industriais com interesses na Cadeia de Valor do Hidrogênio Verde, serão estimulados a investirem nesta indústria que agora é, inequivocamente, estratégica para alcançar a meta de redução das emissões de CO2, Net-Zero e Neutralidade climática da União Europeia até 2050.
Novas propostas da União Europeia, aprimorarão a Lei da Indústria Líquida Zero e a Lei de Matérias-Primas Críticas, garantindo o suprimento de matéria prima para produção de equipamentos, uma estratégia de economia circular e investimentos em Pesquisa & Desenvolvimento.
Tais ações, estabelecerão objetivos concretos compartilhados entre todos os países integrantes do bloco, voltados para impulsionar a tecnologia de produção de Hidrogênio Verde até 2030.
A Inserção do Hidrogênio Verde no Plano Industrial Europeu, será estruturado em torno de quatro pilares, todos relevantes para as tecnologias de hidrogênio e suas aplicações, vejamos:
Um ambiente regulatório previsível e simplificado: que incluirá processos de licenciamento rápidos e marcos regulatórios capazes de trazer segurança jurídica aos investidores e ao setor industrial.
Acesso mais rápido a financiamento: A criação do Banco Europeu de Hidrogênio, em 2022 com orçamento de EUR 3,0 Bilhões, o anúncio dos Primeiros Leilões de Hidrogênio e outras regras de auxílios governamentais mais abertas, são as bases desta ação.
Formação de profissionais com habilidades adequadas para a transição verde: Desenvolvimento de uma estratégia de formação, requalificação e capacitação técnica de profissionais para atuação na indústria de hidrogênio verde.
Uma agenda comercial ambiciosa: A Comunidade Europeia sabe que, sozinha, não conseguirá produzir todo o Hidrogênio Verde que o continente demanda. Neste sentido, esta ação reflete as prioridades da União Europeia de desenvolver tecnologias limpas e buscar acordos no cenário internacional voltados a acessar mercados produtores fora do velho continente.
A presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, ao apresentar esses pilares no último dia 01 de fevereiro, resumiu a intenção da União Europeia:
“Para crescer, nossas indústrias líquidas zero precisamos de uma estrutura legislativa. Isso tem que ser mais rápido, previsível […] Queremos que essa indústria fique aqui e prospere aqui. Ouvimos as indústrias; precisamos combinar com as soluções dos EUA, por meio de ajuda estatal e isenções fiscais”.
Por sua vez, Jorgo Chatzimarkakis, CEO da Hydrogen Europe, disse:
“Congratulamo-nos com o anúncio da presidente Ursula von der Leyen, que reafirma o que ela disse em Davos, confirmando o hidrogênio como uma tecnologia estratégica chave na transição energética. Esperamos que esse tipo de apoio seja estendido a todo o ecossistema de hidrogênio”.
“Congratulamo-nos com a intenção da Comissão, ao rever o quadro de auxílios estatais, de agir de forma decisiva para aproveitar as oportunidades onde forem identificadas para apoiar ainda mais as tecnologias limpas”.
Fica evidenciado que o setor privado, de forma isolada, não é capaz de desenvolver a Indústria de Hidrogênio em sua totalidade. Torna-se necessária uma composição estratégia de forças, envolvendo o setor público, setor privado e outras partes interessadas para que o mercado tenha condições de erguer-se de forma ágil e sustentável.
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Elaborado por Frederico Freitas
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