Produtores estão buscando alternativas aos fertilizantes químicos tradicionais. Mercado de Biofertilizantes ganha espaço como uma solução promissoras para manter a produtividade do Agro associada com a redução da pegada de carbono.
Nas últimas décadas, o agronegócio brasileiro tem registrado sucessivos recordes de produtividade. Inovações como o desenvolvimento de sementes mais adaptadas ao estresse climático atual, modernas técnicas agrícolas e avançadas soluções tecnológicas no campo promoveram uma verdadeira transformação do Agro unindo Inovação e Sustentabilidade.
Cada vez mais produtores estão buscando alternativas aos fertilizantes químicos tradicionais, majoritariamente importados pelo Brasil de países envolvidos em complexas questões geopolíticas.
Cenário que causa bruscas flutuações nos preços dos fertilizantes químicos tradicionais e representa um grande risco ao Agronegócio Brasileiro que responde por parcela significativa do PIB – Produto Interno Bruto do nosso país.
Nesse contexto, os biofertilizantes surgiram como uma solução estratégica, tanto ambiental quanto econômica.
O uso de bioinsumos ganha espaço como uma das estratégias mais promissoras para manter a atual produtividade do Agro Brasileiro, sem agredir o meio ambiente, e mitigando o risco da dependência externa dos Fertilizantes Químicos Tradicionais.
De forma prática, o uso de biofertilizantes começa a demonstrar impactos diretos e mensuráveis na produtividade agrícola. Dados de relatório da Consultoria McKinsey mostram que estas soluções aumentam a capacidade de retenção de água no solo, melhorado sua estrutura nutricional e estimulado sua atividade biológica.
O resultado é uma planta mais nutrida e resistente, com melhores índices de produção. Culturas como soja, milho e café já apresentam ganhos expressivos com a aplicação desses insumos, consolidando o Brasil como um polo de excelência na agricultura regenerativa.
Dados recentes dos portais especializados no AGRONEGÓCIO, GlobalFert e AgFeed , mostram que esse mercado apresentou expressivo crescimento e ainda possui espaço para expansão, com potencial de atingir um giro financeiro superior a R$ 50 bilhões até 2030.
Essa expansão acelerada se deve à crescente preocupação com a saúde do solo, à busca por maior eficiência no uso de nutrientes e às exigências dos mercados consumidores por cadeias produtivas mais sustentáveis.
O Brasil lidera o ranking mundial de adoção de biofertilizantes, com 36% de penetração, superando regiões como a União Europeia e a China. O desenvolvimento desse mercado também está fortemente ligado ao desempenho agrícola nacional.

Em 2023, o consumo total de Fertilizantes Químicos Tradicionais no Brasil cresceu 11%, impulsionado pela recuperação do setor após os impactos geopolíticos da guerra entre Rússia e Ucrânia. Especificamente no segmento de fertilizantes especiais, os biofertilizantes apresentaram crescimento de 5,6% em faturamento.
Além dos números de mercado, o avanço dos biofertilizantes é sustentado por inovações tecnológicas e mudanças regulatórias. A nova Lei 15.070/2024, também chamada de Lei de Bioinsumos, representou um marco legal importante.
Embora ainda dependa da finalização de regulamentações específicas para biofertilizantes, inoculantes e bioestimulantes, há um Grupo de Trabalho, Coordenado pelo Ministério da Agricultura que conta com representantes de diversas entidades setoriais, entre elas a ABISOLO – Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal, com a meta de concluir essas normas até 2025, buscando garantir segurança jurídica e liberdade para inovação.
Outro dado relevante, destacado pela Consultoria McKinsey, indica que em 2022 mais de 52% dos agricultores brasileiros utilizam Bioinsumos em suas lavouras.
Em 2024 este número saltou para 64% e um percentual de 6% dos agricultores entrevistados, declararam que pretendem adotar a tecnologia em breve.

Isso representa uma forte base de aceitação e confiança entre os produtores, o que contribui para o crescimento contínuo do setor. Dados do relatório também indicam que, em algumas situações, a introdução de bioinsumos já proporciona ganhos de até 10% na produtividade.
O Mercado de Biofertilizantes, portanto, não apenas representa uma oportunidade de negócio bilionária, mas também um caminho para uma agricultura mais equilibrada, resiliente e inovadora. A crescente adoção de práticas sustentáveis, aliada ao avanço da legislação e ao desenvolvimento tecnológico, consolida o Brasil como referência internacional nessa transformação agrícola.
Em síntese, o país vive um momento único de convergência entre demanda ambiental, capacidade produtiva e maturidade tecnológica.
Com políticas públicas adequadas, investimentos privados crescentes e o engajamento dos agricultores, os biofertilizantes devem se tornar, nos próximos anos, protagonistas de uma nova revolução verde — mais inteligente, rentável e regenerativa.
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Elaborado por Frederico Freitas
O conteúdo aqui postado é apenas para fins informativos e compartilhamento de conhecimento profissional. Se busca informações para desenvolver projetos de sustentabilidade energética ou de qualquer outra natureza, é indispensável a contratação de profissionais habilitados capazes de entender pontos específicos do seu projeto e propor a solução adequada.