A Organização das Nações Unidas, a comunidade científica e universidades ao redor do mundo, tem cooperado entre si desde as primeiras Conferências Mundiais do Clima, iniciadas nos anos de 1970, com o objetivo de montar uma equação que garanta o Desenvolvimento Sustentável ao nosso Planeta. O Hidrogênio Verde é a chave para isso.
Já naquela época, estas conferências visavam educar povos, países e nações sobre o risco que a mudança climática representava para todo o mundo. Além disso, buscaram envolver e engajar líderes de diferentes setores econômicos e mercados globais.
O Relatório Brundtland é um importante marco deste debate. Elaborado e divulgado em 1987 pela Comissão Mundial das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, marcou o início da atual convenção de manutenção do meio ambiente e desenvolvimento econômico.
O documento recebeu este nome por ter sido elaborado sob a liderança da então Primeira-Ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland, cunhando o conceito de Desenvolvimento Sustentável que conhecemos nos dias de hoje:
“O desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que encontra as necessidades atuais sem comprometer a habilidade das futuras gerações de atender suas próprias necessidades”
A sociedade moderna, chegou ao seu atual estágio de desenvolvimento apoiada no consumo desenfreado de combustíveis fósseis. Tudo isso tem causado graves alterações nos ciclos climáticos ao redor da terra e as tragédias ambientais que ficando cada vez mais intensas, são provas incontestáveis deste cenário extremamente preocupante.
Sabemos que a única maneira de mitigar uma catástrofe iminente é fazer a transição das economias mundiais para um estado livre de carbono. Ao remover a influência dos combustíveis fósseis na economia global, podemos diminuir nossa dependência de padrões de consumo insustentáveis.
Mas afinal, onde o Hidrogênio Verde entra nesta história?
Nos anos de 1970, após a primeira grande crise mundial do Petróleo, as atenções se voltaram para o Hidrogênio como uma solução energética possível. Como vetor energético apresenta diversas vantagens: é abundante na natureza, não é tóxico para o meio ambiente e pode ser armazenado e transportado por distâncias continentais.
O Processo tradicional de produção de Hidrogênio, utiliza como matéria prima o Gás Natural e resulta na emissão de CO2. Este Hidrogênio é utilizado em processos industriais muito específicos como, por exemplo, a produção de fertilizantes e o refino de petróleo.
Entretanto, os recentes avanços tecnológicos no campo das energias renováveis, estão viabilizando, do ponto de vista econômico, a produção de Hidrogênio utilizando energias renováveis, quer sejam as fontes fotovoltaica e eólica, como também a utilização de biomassa, biogás e etanol.
Por esta razão, o Hidrogênio Verde surge como o vetor da transição energética do século XXI. Sendo renovável e neutro em emissões de CO2, além de ter maior potencial energético que os combustíveis fósseis este é, indiscutivelmente, o vetor chave para descarbonização da economia global garantindo a manutenção deste planeta para as próximas gerações.
Até 2030, os custos de produção do Hidrogênio Verde serão mais baixos do que os custos de produção do Hidrogênio Cinza, baseado em gás natural. Isto é o resultado dos avanços tecnológicos contínuos em métodos de produção inovadores e a crescente redução do custo da energia produzida pelas fontes renováveis.
De forma prática, o Hidrogênio Verde é o fiador do nosso Desenvolvimento Sustentável, pois ao mesmo tempo que garante as necessidades atuais (desenvolvimento econômico global) é capaz de preservar as necessidades das gerações futuras (um planeta limpo e livre de extremos climáticos).
Que a indústria do HIDROGÊNIO VERDE acelere seu desenvolvimento global e coloque a nossa sociedade na direção de uma Economia de Baixo Carbono!
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Elaborado por Frederico Freitas
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